Para os moradores de Praia Grande que precisam passar pelo Centro de Especialidades Médicas, Ambulatorial e Social (Cemas) da Vila Guilhermina, o único remédio oferecido tem sido um amargo chá de cadeira. Quem precisa de consulta com especialistas, como cardiologista e oftalmologista, cria teia de aranha na fila de espera já que, segundo o Município, a relação número de pacientes e quantidade de médicos disponíveis não fecha.

O aposentado José Costa tenta uma consulta desde setembro do ano passado, a Administração admitiu que, para o atendimento em cardiologia, “a espera deve ser maior, por conta da grande demanda de consultas em relação ao número de especialistas disponíveis”. A Reportagem esteve na unidade e constatou que o que não falta é gente revoltada com a situação e esperando a oportunidade de se queixar. “Passei no postinho do Ocian e fui encaminhada para o Cemas. Estou há seis meses esperando para marcar um ortopedista”, conta a costureira Iraydes Feitoza Batista.

“Aqui até um simples exame de sangue a gente tem que esperar um mês pra fazer”. A dona de casa Gessiane da Silva, moradora do bairro Samambaia, engrossa o coro de reclamações sobre a demora em todas as consultas. “É péssimo. Já cheguei a marcar oftalmologista no meio do ano passado  para ser atendida no começo deste ano”, desabafa. “Minha mãe também passa na Unidade de Saúde da Família (Usafa) e demora demais para marcar ultrassom. O pior é que a demora não tem justificativa”.

Resposta

De acordo com a Secretaria de Saúde de Praia Grande, a marcação de consultas é feita pela central de regulação. Neste setor, os pacientes são inseridos nos sistemas Seplan com guia de encaminhamento para a Usafa ou para o Cemas. Segundo a secretaria, o Cemas atualmente conta com 46 profissionais de saúde. Já em relação ao reforço no quadro clínico, a  Administração Municipal afirmou que publicou edital dia 15 para contratar um otorrino, mas não conseguiu encontrar alguém para o posto. Porém, a vaga de ortopedista foi preenchida.

Há ainda projeto de novo concurso público, que será aberto para nove especialidades, entre elas cardiologia, cirurgia geral e endocrinologia. Mas ainda não há previsão de datas para a seleção.

Fonte: A Tribuna